A ABA – Associação Brasileira de Anunciantes realizou ontem, 23 de abril, no auditório da ESPM Tech, em São Paulo, o “UOL AD_LAB apresenta ABA SXSW Insights 2019, by GoAd”, o primeiro evento da Entidade em São Paulo e o segundo dos 12 encontros do calendário de eventos de 2019.
No encontro, o centro das discussões foi a experiência adquirida pelos executivos durante o South by Southwest (SWSX), importante festival internacional de inovação, realizado no início de março em Austin, Texas, nos Estados Unidos, que repercute anualmente uma série de tendências que têm sido debatidas no mundo todo.
Sandra Martinelli, Presidente-Executiva da ABA.
Sandra Martinelli, Presidente-Executiva da ABA, foi responsável pelas boas-vindas dadas aos 130 presentes. Logo após, José Saad Neto, Head Insights da GoAd, explanou sobre a história e importância do evento. “O Brasil foi a segunda maior delegação no evento, ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos”, comentou Saad.
Presente no simpósio texano, o executivo falou da curadoria feita pela GoAd, que mapeou tendências do SWSX em seis áreas: Brand & Marketing; Educação; Smart Cities; Finance & Fintechs; Health Tech; e Causas & Propósito. “O festival, que nasceu focado em música e lançou bandas famosas até hoje, passou a apontar a tecnologia nas discussões, tornando-se referência sobre o assunto. A partir desta edição, o ‘humano’ foi trazido para o centro das conversas. Privacidade, dados e responsabilidade foram os grandes eixos temáticos”, reforçou Saad.
José Saad Neto, Head Insights da GoAd.
O primeiro painel, “Por que o SXSW é Importante para os Anunciantes?”, teve a participação de Danielle Bibas, Vice-Presidente de Marketing da Avon Brasil e Membro dos Conselhos Superior e Fiscal da ABA; Patricia Mascagni, Diretora de Marketing da VISA; e José Saad Neto, Head Insights da GoAd. Os painelistas deram um panorama de suas experiências no South by Southwest. A mediação ficou por conta de Edmar Bulla, CEO da Croma.
Sandra Martinelli, Edmar Bulla, Patricia Mascagni, José Saad Neto e Danielle Bibas (da esq. para dir.).
“Hoje em dia as empresas precisam ter um propósito muito claro e, assim, se posicionarem. O que vi muito, entre os executivos nas mesas e em conversas, foi o questionamento de como as marcas vão se portar nas redes sociais mediante questões negativas. As campanhas evoluíram com o tempo, o que era aceito há 10 anos, não é mais hoje em dia. Falamos de violência doméstica e tem gente que não gosta que toquemos neste tema”, discorre Danielle Bibas. “É muito difícil as empresas se sustentarem em cima do muro”, completa Patricia sobre o tema.
O segundo painel partiu do propósito da ABA: “Mobilizar o Marketing para transformar os negócios e a sociedade”. O diálogo girou em torno das inovações e tecnologias do SXSW, capazes de mudar o coletivo, ou seja, a experiência de todos.
Marcello Droopy, Diretor de Interatividade da Talent Marcel, fez um comparativo entre as tecnologias apresentadas no evento e as que temos e acessamos em solo nacional. “A ascensão do mobile no Brasil fez com que uma geração inteira pulasse o desktop, diferente do público norte americano, por exemplo, que passou por todos os equipamentos até chegar ao celular”, comenta Droopy.
Guido Sarti; Danielle Bibas; Sandra Martinelli; Marcello Droopy; Murilo Garavello; Marie Jullie; Roberta Machado; e José Saad Neto.
Falando sobre representatividade feminina no SXSW, Marie Jullie, Creative Director da Publicis, enalteceu exemplos de palestras de mulheres, como Shirley Manson, cantora da banda Garbage, que pautou ‘ser mulher na música’; Priscilla Chan, cofundadora da Iniciativa Chan Zuckerberg; e Olivia Wilde, atriz que virou diretora para quebrar tabus em Hollywood. “A quantidade de mulheres interessantes participando das discussões foi grande. Ano passado se falava muito sobre o papel da mulher, este ano elas tomaram seu espaço dentro dos painéis”, explicou Marie.
“A melhor tecnologia do mundo é a empatia”, frase de Brené Brown, escritora e professora, foi reproduzida por Roberta Machado, Diretora Executiva da InPress. Roberta compartilhou suas impressões sobre as tecnologias apresentadas, ou como ela mesma falou, “a dicotomia entre o humano e a tecnologia”. “Algumas inovações me preocupam um pouco. Precisamos nos humanizar, focar mais no humano, pois, a máquina já está tomando espaço”, indaga a executiva.
Guido Sarti, Gerente de Convergência da Globosat, transportou o público para o SWSW , por meio de sua fala sobre a experiência em Austin. De forma humorada, ele revelou como foi sua rotina no festival: “quando a gente pensa em publicidade e comunidade vive muito do feeling, no congresso usei muito isso. O SWSX não é só um festival de tecnologia, é um festival de humanos para humanos curiosos, que têm naquele espaço a oportunidade de acessarem conteúdos dos mais variados”.
“Temos que investir em inteligência artificial: para criar ferramentas que nos ajudem e que possam contribuir para usarmos melhor nosso tempo pensando em estratégias para impactar nosso consumidor, leitor, etc”, explanou Murilo Garavello, Diretor de Conteúdo do UOL, presente no painel como moderador.
O encerramento do evento ficou por conta de Danielle Bibas. “O objetivo de hoje era o de falarmos sobre nossas experiências no SXSW. Espero que tenhamos aguçado a curiosidade de vocês. A maioria das palestras estão na internet, formato de vídeo ou áudio, e vocês podem ter acesso às discussões, mesmo não tendo participado no encontro”, finaliza Bibas.
